A SIMPATIA COMO FONTE DA APROVAÇÃO MORAL DA JUSTIÇA
Data de postagem: Apr 08, 2015 12:49:23 PM
Denize Carolina da Cunha
Nivaldo Machado
Felipe Carvalho Novaes
Resumo
Este trabalho propõe uma investigação na área da Filosofia Moral, cujo objetivo é oferecer uma introdução às considerações do filósofo empirista David Hume sobre a simpatia e sua influência nos artifícios. O estudo da simpatia ao longo desta investigação confirmou, de maneira contínua, algumas teses, e neste artigo dar-se-á ênfase à simpatia como princípio primeiro da avaliação moral. O objeto de estudo do presente trabalho é a própria natureza humana. Ou seja, como podemos sentir dor ou o prazer em uma situação vivenciada pelo sujeito que observamos, e posteriormente julgá-la? Porém, a preocupação proposta por Hume é saber se as distinções morais são originadas por princípios naturais ou se nascem do interesse e da educação, ou seja, do artifício. Contudo, convém mencionar que, para Hume, a simpatia não significa compaixão, isto é, apenas um mero afeto com uma pessoa desconhecida. Para o filósofo, a simpatia é a propensão de o indivíduo simpatizar com o outro e a receber através dos princípios, como a associações de ideias e impressões, suas inclinações e sentimentos, por mais diferente ou até mesmo contraditório. Desse modo, a definição do senso comum está demasiadamente distante da definição proposta pelo filósofo. Para ser possível o entendimento, faz-se necessário explicar o procedimento mental responsável. Sendo assim, abordar-se-á a comunicação, o princípio da contiguidade e da associação de ideias e impressões. Por fim, o que se pretende, ao longo deste artigo, é abordar, ainda que de maneira introdutória, uma temática central na filosofia humeana e indispensável para o entendimento da justiça e de suas regras: a simpatia. É através deste itinerário que Hume afirma a complexidade das relações entre os homens.
Palavras-Chave: Distinções morais. Empirismo. Hume. Justiça. Simpatia.
Abstract
This paper proposes a research in the area of moral philosophy whose goal is to provide an introduction to the discussion of the empiricist philosopher David Hume on sympathy and its influence on the devices. The study of sympathy throughout this investigation confirmed, continuously, some theses, and this article will give emphasis to sympathy-as the first principle of moral evaluation. The study object of this work is human nature itself. Ie, how can we feel pain or pleasure in a situation experienced by the subject we observe, and then judge it? However, concern proposed by Hume is whether moral distinctions are caused by natural principles or born of interest and education, or artifice. However, it is worth mentioning that, for Hume, sympathy does not mean compassion, that is, a mere affection with an unknown person. For the philosopher, sympathy is the propensity of the individual to empathize with others and to receive through the basics, such as associations of ideas and impressions, their inclinations and sentiments, however different or even contradictory. Thus, the definition of common sense is too far from the definition proposed by the philosopher. To be able to understand, it is necessary to explain the mental procedure responsible. Communication, therefore, will be approached the principle of contiguity and association of ideas and impressions. Finally, what is intended, throughout this article, is to address, albeit in an introductory way, a central theme in Hume's philosophy and indispensable for the understanding of justice and its rules: sympathy. It is through this route that Hume says the complexity of relations among men.
Keywords: Moral distinctions. Empiricism. Hume. Justice. Sympathy.